Deputados federais discutiram alternativas legislativas para enfrentar o crime organizado, após a operação policial ocorrida no Rio de Janeiro nessa terça-feira.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Reimont, do PT do Rio, questionou o planejamento da ação pelo governo estadual.
Reimont comparou a operação com as realizadas pela Polícia Federal no estado, nas quais foram feitas apreensões de mais de 10 toneladas de drogas sem nenhuma morte.
Já a deputada Talíria Petrone, do PSOL do Rio, equiparou a operação ao Massacre do Carandiru, quando a polícia paulista invadiu o centro de detenção e matou 111 presos.
Os deputados da base do governo defenderam a aprovação da PEC da Segurança, encaminhada pelo executivo para votação no Congresso. A proposta de emenda à constituição prevê uma maior articulação federal com os estados para o combate ao crime organizado.
O deputado Guilherme Derrite, do PP, secretário licenciado de segurança de São Paulo, voltou à Câmara para relatar a proposta que iguala facções e milícias a organizações terroristas.
Derrite ainda defendeu a operação no Rio e afirmou que as forças policiais foram corajosas.
O projeto que amplia o escopo da lei antiterrorismo deve ser votado na próxima semana.
Já a PEC da Segurança Pública ainda é discutida em uma comissão especial da Câmara dos Deputados.
Fonte: Radioagência Nacional