FonteO regime da Rússia abriu um processo criminal contra Galina Timchenko, fundadora e diretora executiva do portal de notícias opositor Meduza, sob a acusação de organizar atividades de uma organização considerada “indesejável” pela ditadura de Vladimir Putin. A informação foi confirmada nesta terça-feira (20) pelo próprio Meduza e pelo Comitê de Instrução da Rússia, que afirmou que a jornalista pode ser incluída na lista federal de procurados, dependendo do desdobramento das investigações.
Segundo os investigadores, Timchenko teria publicado vídeos entre setembro de 2024 e março de 2025 com o objetivo de “fomentar sentimento de protesto e envolver o público nas atividades de uma organização reconhecida como indesejável dentro do território da Federação Russa”. Se condenada, ela pode enfrentar até seis anos de prisão, de acordo com a legislação russa.
O Comitê de Instrução de Moscou informou também que está avaliando a possibilidade de pedir a inclusão de Timchenko em uma lista internacional de procurados. Em agosto de 2024, o Ministério da Justiça já havia classificado a jornalista como “agente estrangeira”.
Em junho do ano passado, Timchenko foi multada em 14 mil rublos (cerca de R$ 984) por um tribunal de Moscou, sob acusação de envolvimento com uma “organização indesejável”. A penalidade ocorreu após ela discutir as atividades do Meduza e responder a perguntas de leitores em um podcast publicado no início daquele ano.
Fonte: Gazeta do Povo