Cardeais de chapéu vermelho devem escolher uma data na segunda-feira para o conclave para eleger um novo líder dos 1,4 bilhão de católicos do mundo, após a morte do papa Francisco.

Dezenas dos chamados "Príncipes da Igreja" de todo o mundo se reúnem no Vaticano desde que o pontífice argentino de 88 anos morreu em 21 de abril.

Mas até agora há poucas pistas sobre quem eles podem escolher a seguir.

"Acredito que, se Francisco foi o papa das surpresas, este conclave também será, pois não é nada previsível", disse o cardeal espanhol José Cobo em uma entrevista publicada no domingo.

Em conclaves anteriores, "você pode ver para onde as coisas podem ir", disse ele ao jornal El País, enquanto desta vez muitos cardeais vêm de fora da Europa e nem sequer se encontraram antes.

Francisco foi sepultado no sábado com uma cerimônia fúnebre e enterro que atraiu 400.000 pessoas à Praça de São Pedro e além, incluindo realeza, líderes mundiais e peregrinos comuns.

Vastas multidões também se reuniram no domingo para ver seu túmulo de mármore na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, depois que o "papa dos pobres" optou por ser enterrado fora dos muros do Vaticano.

Com conflitos e crises diplomáticas em todo o mundo, o cardeal italiano Pietro Parolin, que sob Francisco foi secretário de Estado - o número dois do papa - é para muitos o favorito para sucedê-lo.

As casas de apostas britânicas William Hill o colocaram um pouco à frente do filipino Luis Antonio Tagle, arcebispo metropolitano emérito de Manila, seguido pelo cardeal Peter Turkson, de Gana.

Em seguida vem Pierbattista Pizzaballa, o patriarca latino de Jerusalém, o então cardeal da Guiné, Robert Sarah, e Matteo Zuppi, o arcebispo de Bolonha.

AFP