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STF faz turnê nos EUA para defender "missão civilizatória" no Brasil
Publicado em 19/04/2025 22:00
Justiça

Nos últimos dias, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) protagonizaram nos Estados Unidos um esforço para apresentar seus atos recentes contra a direita brasileira como parte de uma espécie de projeto civilizatório.

Isso ganhou forma em duas situações distintas: na publicação de uma longa entrevista do ministro Alexandre de Moraes à revista The New Yorker e em palestras na Brazil Conference, evento realizado pela Universidade de Harvard e pelo MIT, com declarações sobre “extremismo” e o papel do Judiciário em reeducar o Brasil. Os ministros se articularam em uma mesma narrativa: o STF salvou o Brasil de um colapso institucional.

As falas nos EUA coincidem com o avanço, no governo Trump, de discussões sobre sanções a Moraes. Pessoas próximas ao presidente americano, como os empresários Jason Miller e Elon Musk, têm pressionado por medidas, e congressistas republicanos discutem leis para punir autoridades que agem contra a liberdade de expressão em outros países, ao mesmo tempo em que departamentos da Casa Branca, como o de Estado e o de Segurança Nacional, avaliam o caso.

Na entrevista à New Yorker, publicada no início de abril, Moraes defendeu o papel exercido pelo STF afirmando que os grupos que ele chama de "extremistas" aderem à lógica de comunicação do nazismo. Ele afirmou que, se Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, tivesse acesso ao X, “os nazistas teriam conquistado o mundo”. Disse ainda: "Eu brinco com a minha equipe de segurança que eu não poderia morrer. O herói do filme precisa continuar".

Fonte: Gazeta do Povo

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