Às vésperas das eleições presidenciais no Equador, o presidente Daniel Noboa decretou neste sábado (12) estado de emergência em sete províncias do Distrito Metropolitano de Quito, em parte da província de Azuay e em todas as unidades prisionais do país. A medida, que terá validade de 60 dias, surge em meio a um cenário de crescente violência e tensão social, e inclui toque de recolher, limitações à mobilidade e suspensão de garantias constitucionais.
O estado de exceção vem horas após outro anúncio de Noboa, que fechou as fronteiras terrestres do país para impedir a entrada de estrangeiros durante o segundo turno como medida de segurança para reduzir o risco de possíveis ataques de gangues criminosas durante a votação.
O decreto de exceção abrange as províncias de Guayas, Los Ríos, Manabí, Orellana, Santa Elena, El Oro e Sucumbíos, além da capital Quito e do município de Camilo Ponce Enríquez, em Azuay. Também estão sob regime de exceção os centros de detenção que integram o Sistema Nacional de Reabilitação Social do Equador, onde nos últimos anos ocorreram violentos confrontos entre facções criminosas rivais.
Uma das principais medidas é o toque de recolher, que será imposto em 22 municípios entre 22h e 5h. A capital, Quito, está fora dessa restrição específica, embora outras limitações sigam valendo na cidade.
Fonte: Gazeta do Povo